sexta-feira, 24 de julho de 2009

.só não me peça para ser simpática. simpatia não tem nada a ver comigo.

O primeiro post deste blog era sobre a frase ai de cima. Trata-se de um trecho do livro “A menina que roubava livros”, livro que até hoje não terminei de ler. O que provavelmente deve ter sido culpa da frase ou do livro que não me prendeu ou me bateu a Clarice Lispector – que só comprava livros por causa da capa. O grande lance é que eu peguei a porra da frase pra minha vida, roubei e não devolvi. Não que eu precisasse dessas palavras para legitimar minhas alterações de humor e minha dificuldade de relacionamento, geralmente jogo a culpa disso no fato de eu ser canceriana. Mas a verdade é que eu quero e tento ser simpática, de verdade (ás vezes), mas as pessoas não ajudam. Eu não quero ser nenhuma pollyanna, não tenho paciência e, como já dizia Clarice, “a bondade meânsias de vomitar”. O que eu quero (e tento) é ser mais paciente com o mundo que me cerca. É acordar de manhã e encontrar aquele povo chato no ponto de ônibus e dizer bom dia, sabe? Só pro dia começar bem. É entender que uma gota não vai fazer tua vida virar um dilúvio. E não querer matar um quando você escuta aquela propaganda idiota que diz “o gostoso é rir da vida”, justo no momento que você quer acabar com ela. E tudo isso é um exercício. No meu caso talvez seja terapia, já que eu carrego questões mais pesadas do que a cruz do pagador de promessas. E é bem provável que no segundo dia eu já esteja querendo fazer um remake do dia de fúria porque o computador do trabalho é um cú, mas enfim, não custa tentar. Porque quando a gente chegou ao mundo ninguém avisou que interagir com pessoas ia ser uma coisa tão complicada, mas estamos aí. Então, agora que eu sou uma pessoa boa, pode falar comigo que eu deixo, até tento ser simpática.


13 comentários:

Anna Flávia disse...

É que as pessoas em si são complicadas, aí tudo que envolve pessoas não é fácil.


E eu tb não terminei de ler. E tb comprei pela capa. rs

Beijo!

Álvaro Andrade disse...

Êi, obrigado pela visita!

uma gota aqui não faz dilúvio. Lá, é lágrima e oceano.

o tamanho das coisas é um espaço que a gente não domina, deve-se é estar atento pra tentar perceber, antes que a gente se perca nele, ou caia pelas beiradas.

@Francisquices disse...

Valeu pela visita!


Cada um com seus cada um. O estranho é tentar ser aquilo que não somos... Tentar ser canastrão.

Comprei o livro, está pra chegar nesses dias, mas nem vou ler ele por enquando...

Day disse...

Nunca li hehehe... mas cá entre nós cancerianas, me identifiquei com cada letra desse post. =*

cibelle disse...

Depende das pessoas coisa que hoje é raríssimo! eu por exemplo sofro pela a minha simpátia que não agradam muitos! ...

meus instantes e momentos disse...

ótimo texto.
Gostei do teu blog. Muito bom.
Maurizio

Cassio Brito disse...

Acho que você até se esforça. Eu percebo isso.
Bom, em primeiro lugar, queria dizer pra você que sou um cachorro e que te amo. Muito!
Estou com saudades.
Você pediu e eu o fiz. Atualizei o blog.
Falta atualizar minha vida.
Estou sentindo algo estranho. Não sei descrever.

Brisas disse...

Eu gostei do livro, é um tanto triste, mas é bom.

.profusionn disse...

gnt, eu não terminei o livro!!! não tô dizendo que é ruim! =) hahaa leiam e que eu vou ler tb!

Cassio Brito disse...

que distância é essa que criamos?
Vixi... Morrendo de saudades.
Quer fazer o favor de me mandar um e-mail?

Thaís disse...

Ela voltou!!
"Antipatia gratuita: Pois é...eu tenho! E se eu não for com a sua cara logo de início
NADA vai mudar minha opinião depois"

Welcome back

Thiago disse...

Você antipática? Nem! Me lembrei do dia que resolvi re-aparecer no Casa Brasil; "Curso? Que curso? Acabou o curso..."

Unhóó. Nem liguei.

AA disse...

Geralmente tento sorrir para as pessoas, mas nem sempre dá. As vezes só olho para os meus pés enquanto balbucio palavras imperceptíveis. Fazer contato e tão complicado, compreensão é algo que não existe. As vezes as pessoas parecem aqueles macacos: alguns são surdos, outros mudos, outros cegos e se comunicar é impossível. Que seja... o cinismo ajuda nestes momentos.

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