segunda-feira, 13 de abril de 2009

.o conto [1]

Os pingos de chuva da janela refletiam cores que ela nem sabia que existia. Era estranho olhar para a natureza, perceber como tudo era tão independente. Ela inveja essa independência. O fato simples de existir, de não pensar nas coisas que incomodavam. Foi nesse momento, rápido demais, que a imagem molhada dos pingos se misturou com as lágrimas, um prisma triste. Ela não sabia lidar com sentimentos, definitivamente não. Inventava as coisas depois se perdia nelas, criava situações que não podia deixar. Quanto mais pensava no que estava por vir menos entendia. Queria ser uma gota colorida de chuva, aquela que rapidamente desaparece com o sol, sem precisar explicar sua existência, sem sofrer. Parecia tão fácil, mais simples do que viver.

5 comentários:

Hieros Vasconcelos disse...

Gente, é uma mistura de Muniz, com Lispector, Beauvoir e Kerouac que nem sei, ao certo, quem é Priscila... amiga, que bom que voltou. continue, não pare, não pare, pois o tempo é vivo e as horas são mutantes.

Cassio Brito disse...

Coitado eu seria se me deixasse submergir pelo orgulho sem nem ao menos tentar.
Me desculpe.
Sinto saudades.

Cassio Brito disse...

Que tal apreciarmos o pôr do sol de uma janela que não é minha?

..... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cassio Brito disse...

Quando você pode.
Aqui no atelieur de Sandro.
Já é possivel apreciar o por do sol da varanda. rsrs...
É lindo!

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